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sábado, 13 de março de 2010

Entrepólos - Bipolaridade



Entrepólos - Bipolaridade, grafite, caneta de aparo e tinta da china, lápis de cor. 42.2cms. x 29.7cms. João Alves'10

      O transtorno bipolar ou distúrbio bipolar é uma forma de transtorno de humor caracterizado pela variação extrema do humor entre uma fase maníaca, de hiperatividade e grande imaginação, e uma fase de depressão ou inibição, de ansiedade ou tristeza. Juntos, estes sintomas são conhecidos como depressão maníaca.
      Existem várias formas de distúrbio bipolar.
     O distúrbio bipolar é uma doença caracterizada por episódios repetidos ou alternados de mania e depressão. Uma pessoa com transtorno bipolar está sujeita a episódios de extrema alegria, euforia e humor excessivamente elevado, e também a episódios de humor muito baixo e desespero (depressão). Entre estes episódios, é normal que hajam períodos de normalidade.
      Deve-se ter em conta que este distúrbio não consiste apenas de meros "altos e baixos". Altos e baixos são normais em qualquer pessoa, e não constituem um distúrbio. As mudanças de humor do distúrbio bipolar são mais extremas que aquelas experimentadas pelas demais pessoas.
      O doente de distúrbio bipolar é também chamado de "maníaco-depressivo", no entanto, este uso não é popular actualmente entre os psiquiatras, que padronizaram o uso do termo "depressão maníaca" para descrever o espectro bipolar como um todo, que inclui tanto o distúrbio bipolar como a depressão.
      A natureza e duração dos episódios variam grandemente de uma pessoa para outra, tanto em intensidade como em duração. Num caso grave, pode haver risco pessoal e material.
      O paciente de bipolaridade pode chegar ao extremo da depressão seguida de suicídio. Ele quase nunca percebe quando está hiperagitado e, quando percebe, recusa-se a aceitar o facto.
      Nem sempre os sintomas maníacos ou depressivos são bem claros. Até mesmo quem convive com um paciente bipolar sente dificuldade em distinguir uma aflição comum da depressão, ou alegria da euforia patológica. A doença é de difícil diagnóstico, mesmo para um profissional de saúde, que acompanhe há um
longo tempo o paciente.
      Quando um indivíduo se encontra na fase de depressão, ele sente-se abatido, quieto e triste. Pode dormir muito, como uma fuga do convívio, reclamar de cansaço em tarefas simples como escovar os dentes, apresentar traços de baixa auto-estima e de sentimentos de inferioridade. Demonstra pouco interesse pelos acontecimentos e coisas e pode isolar-se da família e dos amigos. O indivíduo pode sentir-se culpado por erros do passado e por fracassos da sua vida e da dos seus familiares. Pode haver irritabilidade, lamentos, e auto-recriminação. Pode também haver um distúrbio do apetite, tanto para aumentá-lo, como para diminuí-lo.
      Outro factor que pode acontecer é apresentar uma queda na sua imunidade, o que o deixa mais predisposto a contrair doenças. Em alguns casos a depressão pode manifestar-se de forma psicossomática, e o indivíduo pode apresentar algumas doenças de causa psicológica, que normalmente se caracterizam por dores no corpo ou cabeça. É comum nesta fase pensamentos suicidas, uma vez que o indivíduo se sente mal com a sua vida e sem energia para mudá-la. A conseqüência mais grave de uma depressão pode ser a concretização do suicídio.
      Na fase eufórica o indivíduo pode apresentar sentimentos de grandiosidade, poderes além dos que possui e grande entusiasmo. Ele dorme pouco e torna-se agitado; fala muito e tem muitas idéias ao mesmo tempo; aumenta o seu desejo sexual; perde o senso crítico...
      Nesta fase é comum as pessoas endividarem-se ou perderem muito dinheiro, comprometendo até os bens de família. Durante os delírios de grandeza, os gastos são muito acima do que sua realidade permitiria. Devido ao grande otimismo, é possível que o indivíduo empreste dinheiro a pessoas a quem mal conhece, e que podem estar a aproveitar-se da situação. São comuns manias como perseguição, realização de sonhos (reformas, viagens, compras...) que à primeira vista podem até parecer normais.É comum nesta fase que o paciente tenha alucinações e delírios de grandeza.
      A doença pode manifestar-se em crianças, porém, talvez pela dificuldade em identificá-la, é mais comum encontrar-se em pessoas adultas com idades compreendidas entre os 15 e os 25 anos.


Curiosidade: Os portadores da bipolaridade geralmente são pessoas que se destacam nas actividades que exercem, principalmente no que diz reespeito à arte (Mozart, Van Gogh, Vivien Leigh, Schumman, Jaco Pastorius) e à política (W. Churchill, Ulisses Guimarães).

1 comentário:

  1. Muito bem a tua abordagem do tema, apesar de eu não ter interpretado assim, ficou muito bem. Esperemos que agora ficas seleccionado para a 2º fase do concurso.
    Eu estou contigo.

    Sandrina De Oliveira

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